#12 A gente ainda sabe ficar em repouso?
Saudade dessa habilidade que um dia possuí.
Cansei de ser jovem.
Um espaço seguro para dizer que envelhecer é muito legal e muito cruel. Uma sessão onde vou reclamar, compartilhar e rir de tudo que vem acontecendo simplesmente porque o tempo está passando (rápido).
Se você é da classe c, da classe trabalhadora, já passou pelo seguinte dilema: trabalhar até esturricar sua saúde ou pegar um atestado e sentir o peso e a culpa de demonstrar fraqueza. No geral, a primeira opção é amplamente escolhida, pelo menos dentro do meu campo de observação e, claro, varia muito de situação pra situação, chefe, empresa e tudo mais. Tudo isso pra dizer que tô de repouso absoluto, meu povo. Pelo menos, deveria estar. Mas fala isso pra minha mente ansiosa, que insiste em andar acelerada e dar boas-vindas para todo e qualquer pensamento intrusivo. Além de completamente sem voz e uma gargantinha seca e ardendo, todo mundo que pousa os olhos em mim desde sexta me deseja melhoras, kkkring. Me restou tirar as teias de aranha dessa News e pedir (mais uma vez) pra vocês não me abandonarem não. Tudo o que é possível adiantar/atualizar e/ou fazer da minha cama e sem falar, estou fazendo. Ahhhh, só pra adicionar um drama, o meu maior gasto do mês não é farmácia, nem de longe, mas é a bonita que tem mais espaço dedicado na minha fatura, muitas linhas. Viu, pai?! Agora eu entendo suas ameaças diárias de parar todos os remédios e ver no que vai dar.
Falando em remédio e em painho, descobriu-se dia desses que a criatura tava seguindo um post-it que fiz pra ele em 2017, com a quantidade e a ordem dos remédios, resultado: tava tomando tudo errado e agora a gerência tá na mão de mãinha.
Pritaco:
s.m. 1. Palpite pouco confiável ou fidedigno; 2. Palpite dado por alguém que, geralmente, não conhece o assunto, mas insiste em comentar.
🕵️♀️ @Pritaco - Essa sessão tão amada por mim, agora tem sua própria playlist no YouTube. Por enquanto, tem basicamente eu provando comidinhas por aí, mas quem sabe não podemos expandir pras dicas de entretenimento também?! Passei da pessoa com medo de exposição pra pessoa com medo exposição curtindo criar conteúdo.
🕵️♀️ Mostre o seu trabalho! - No geral, eu corro corridinho de livros que passam uma receita de bolo de como fazer qualquer coisa. Os caminhos de cada um são diversos demais, as variáveis infinitas. De que adianta eu te dizer para, por exemplo, meditar todos os dias ao nascer do sol, se às 4am tu já tá no primeiro de três ônibus indo pro trabalho? Não adianta. Maaaaaas esse livro me surpreendeu, primeiro por ser divertido, segundo por falar de algo que me atrapalha desde criança, e trago incessantemente por aqui, o tal medo da exposição. Coisa que trava toda a minha criatividade e me atribui um perfeccionismo que não pertence à minha personalidade prática. A frase que grudou comigo: “A compulsão por evitar o constrangimento é uma forma de suicídio.”.
CALMA O QUÊ?
Tudo tem seu limite, certo?
Estreando sessão nova com a história dela, aquela que por unanimidade é considerada a mais fina e elegante entre nós, transita entre diferentes grupos, entregando graça e entusiasmo. Nos ensinou que aracnídeos não são insetos e não debochou porque já deveríamos trazer esse conhecimento desde a escola. Ela que tem as melhores onomatopeias para contar as histórias do marido. Ela que tem a agenda social mais agitada que conheço e poderia entrar no Guinness Book com o tanto de casamentos que já foi. Mas, Prisci, o que se há de contar sobre alguém tão incrível? Pacheca tem apenas uma característica forte, que pode ou não ser considerada um defeito, a mulher é competitiva. Disso eu já sabia, mas o ápice foi quando Pacheca se desmontou de toda sua elegância e doçura durante um jogo de tabuleiro e, sem mais um pingo de paciência pro nosso amigo Gustavo que não tava levando a coisa a sério, se debruçou sobre a mesa, bateu nela com as duas mãos espalmadas e gritou: “CALMA O QUÊ?”. Obrigada, Pach, por me ensinar sobre limites. Gustavo, não quererendo tomar lados, mas você meio que mereceu.
Uma dica de vida: se for jogar no time da Pach, dê o seu melhor pra contribuir com a vitória, que é certa. Se tá contra ela, bom, é sempre bom aprender a perder com bom humor.
Pri
Olha eu também só fico quieta quando sou obrigada, ou seja, quando fico doente! kkkkk essa semana aconteceu comigo também e é muito louco porque também fico sempre com aquele pensamento no fundinho… mas será que realmente eu não deveria estar trabalhando hoje? Aí se começo a trabalhar, bate aquele cansaço e a vontade de só deitar e dormir.
Em um determinado momento só me entrego, e “aproveito” pra relaxar lendo algo ou vendo tv sem pretensão. E são nesses momentos que lembro como é bom me conectar com o presente sem ter o pensamento em outro lugar. Ou seja, foi preciso ficar doente pra isso.
Por que a gente é assim hein?